domingo, 26 de agosto de 2012

MINHA HISTÓRIA COM O KID ABELHA

 Foto: João Carlos

Saudade de escrever. Dei um tempo para o blog. Faculdade, TV, férias...eu precisava do tempo para amadurecer outros momentos. E volto hoje para falar de um momento que completa 30 anos em 2012: a banda Kid Abelha, que embala minhas histórias desde 1993 ou 1994, quando conheci a música que fala dos sentimentos que vivo, sinto, choro, canto.

Algumas músicas do meu trio predileto são recordações, contudo estão presentes nestes contos pessoais que vou vivendo. E também dos encontros com amigos que também curtem o som do puro rock brasileiro.
Para celebrar esta data, vou fazer uma série esta semana relatando as recordações, as músicas que marcaram uma época, os shows imperdíveis, as loucuras que fiz para ver de perto Paula Toller, George Israel e Bruno Fortunato. O show da turnê de comemoração dos 30 anos passou por Belo Horizonte no sábado 25 de agosto, quando revivi emoções que estimularam esta ideia...

O ENCONTRO

O primeiro CD que comprei foi do Kid Abelha. A tecnologia era recente. O aparelho de som da minha casa havia acabado de chegar do Paraguai, era possível colocar três discos ao mesmo tempo. Um luxo para aquele período da adolescência, em que eu já era um eclético musical. Só que Meio Desligado, o primeiro acústico do Kid, era o meu preferido, entre tantos vinis que eu já tinha.

O primeiro CD, para eliminar as fitas cassetes gravadas no Império do Disco (loja do meu tio em Bom Despacho). Anos depois, esta relíquia, o primeiro CD continua na prateleira, um pouco desgastado pelo tempo, sujo pelas mãos que o levavam emprestado, com o encarte rasgado de tanto eu ler aquelas letras que começariam a embalar quase duas décadas das minhas histórias.

O cantar envolvente da voz firme e segura de Paula Toller me alegra, me faz chorar em alguns casos. Cada canção está numa memória da felicidade, da tristeza. Neste disco, o oitavo da banda, lançado em 95, eu gostava de todas, ouvia três, quatro vezes por dia. E na minha rebeldia de adolescente, descobrindo a vida, duas preferências: Eu gosto de ser cruel e Seu Espião. A primeira nem faz parte do repertório de shows, mas o single que foi o nome do primeiro disco do Kid, de 1984, tem várias versões. Eu ainda prefiro o ritmo lento e acústico de Seu Espião, mas os gritos e os pratos quebrando da abertura da versão original lembram aquelas brigas que temos com nossos sentimentos.  Um hit pra cantar alto: “deixa eu ser seu espião, alguém tem que controlar seu coração”.

Sempre andei “meio desligado”, confesso. Desplugado de algumas coisas da vida. No entanto, sempre antenado aos hits, e também às músicas que só compõem os discos e não estão nas rodas populares. Gosto do Kid Abelha desde o lançamento das músicas no Circo Voador. No íntimo, a minha música predileta se chama Uniformes.

Música que será o tema para uma próxima história.

E para você? Qual é a canção mais marcante do Kid Abelha e qual história ela conta?

2 comentários:

  1. Em algum momento do ano 1998, eu, com meus 8 anos de idade, descubro duas bandas consagrada dos anos 1980, Titãs e o Kid Abelha. Marvin, Flores e tantas outras canções do grupo paulista ficaram na minha cabeça. Porém, foi a banda carioca que mais me chamou a atenção. Como não chamaria? Uma banda de pop/rock carioca com uma mulher à frente? É, isso é algo único. Essa é a marca do Kid.

    Não vou eleger uma canção que me lembre de um amor, de uma conquista, de um momento legal. É uma tarefa difícil escolher apenas uma música. Nessas horas a gente pensa, que difícil para eles definirem o setlist da turnê 30 anos. Já vi vários fãs reclamarem, "ah mas faltou aquela música".

    Enfim, entre "Fixação", "Seu espião", "Nada por mim", "Pintura Íntima", "Nado tanto assim", "3 Taças", "Fantasias", "Agora sei", "A história única de todo amor", "Tomate", "Sexo e dólares", "Leão", "Me deixa falar", "Grand'Hotel", "Em Noventa e Dois", "Educação Sentimental II", "A moto", "Como é que eu vou embora", "Veio do Tempo", "Caso de Verão" e tantas outras, a minha preferida é NO MEIO DA RUA.

    "No meio da rua" foi a canção que me despertou o gosto pela banda... Eu era muito novo e ficava sem entender o porque da Paula, em uma letra originalíssima, ficava falando "mas meu teto tem estrelas e no alto um disco voador oôooh, voando sobre o mar, mudando de lugar aar, querendo me levar pra outro mundo". Acha a música hilária. Adorava cantar o verso: "prendeu seu salto dentro de um bueiro, perdeu todo o respeito uhhh uhh uh". Mais tarde fui descobrir que essa música foi escrita a partir de uma situação vivida pela Paula, em que ela caminhava pelas ruas, à caminho de casa, altas horas, e fazendo barulho. Um mendigo começou a resmungar... E daí vem a ambientação "meu teto tem estrelas".

    É isso, sempre elejo essa música. Pois o que sinto pelo Kid é algo muito íntimo e tem mais a ver com esses 14 anos que acompanho a banda do que a história da minha vida propriamente. É um troca de fã e banda. Isso é muito legal! Estou feliz com esses 30 anos e de ter participado do registro, o show de gravação do DVD. Um emoção que eu nunca mais vou esquecer.

    ResponderExcluir

LinkWithin