Sábado à
tarde, sozinho em casa, deitado na cama vendo televisão, fico buscando inspirações
para escrever uma crônica. Enquanto o tempo voa, fico pensando em
coisas do passado. Algumas memórias retornam. A nostalgia vira companhia.
Encontrei uma definição para o que eu faço quando dedilho casos na página em
branco. Sou um cronista memorialista. Gosto de falar do período que passou, das
histórias antigas. Afinal, tenho estado ocupado no presente com prioridades que
nem sempre são satisfatórias. Trabalho, trabalho, trabalho. Um pouco de estudo,
um excesso de estresse. Para amenizar, uso a Internet para ocupar a cabeça
vazia. Santa tecnologia. Por causa dela, revivi um misto de emoções ao ler um
texto publicado no site www.buzzfeed.com.
A página trazia uma lista de lembranças dos anos 1990, dizendo que só quem era
adolescente à época poderia recordar daqueles momentos. Eu fui um deles. Lendo
a lista, lembrei-me de vários momentos. Compartilho contigo algumas
recordações:
1) Todo mundo respondia cadernos de enquete, na
expectativa de saber algum segredo do colega, mas, na verdade, queríamos
conhecer quem estava apaixonado;
2) Chocolate
Surpresa era uma sensação, sempre com uma coleção interessante de imagens de
bichos, de paisagens;
3) Os cadernos eram enfeitados com decalques de
figurinhas do chiclete Ploc Monsters;
4) As meninas pintavam o cabelo com papel crepom e
ficavam uma semana com as mãos manchadas. O mesmo papel era usado como toalha
de mesa nas festas de aniversário;
5) Ter uma agenda era comum, mas o legal era colar
nela papéis de bombons e as mensagens das balas IceKiss;
6) Brincávamos de corredor polonês na escola e
fazíamos um estilingue de gominhas amarelas para acertar papéis dobrados nos
colegas;
7) Moda era
usar jaqueta da Hard Rock ou da Planet Hollywood e ter uma mochila da Company;
8) A série “Barrados no Baile” era imperdível aos
domingos. Durante a semana, “Melrose”;
9) Saímos correndo da escola para assistir
“Changeman” e “Jaspion” na TV Manchete;
10) Na escola, tínhamos a borracha e a lapiseira que
trocavam de pontas, a caneta de doze cores e uma maleta com canetinhas, lápis
de cor, aquarela;
11) Brincávamos com mola maluca, fluflu – um
emaranhado de plástico amarrado -, e de minigame;
12)
Com a chegada dos CDs, era status ter um discman;
13)
No dia anterior ao aniversário, ajudávamos a
embrulhar as balas de coco naquele papel cheio de franjinhas. Para enfeitar,
era feito um arranjo em formato de cascata com elas;
14)
As coleções mais comuns eram: embalagens de
cigarros e de sabonetes, papéis de carta, latinhas de refrigerantes e cervejas;
15) Os presentes eram enfeitados com fitilhos. Os
papéis de embrulho não poderiam ser rasgados, pois as mães guardavam para uma
necessidade futura;
16) Tínhamos de ler livros da Coleção Vagalume;
17) Para começar os namoricos, matávamos aula para
brincar de “Caí no poço”. Também brincávamos de “passar anel”, “queimada”,
“roubar bandeira”, “adedanha”, “polícia pegar ladrão”;
18) Para o guarda-roupa ficar cheiroso, eram
espalhados nas gavetas uns sachês enrolados em filó;
19) Todo mundo se engasgava com a bala soft;
20) Quem nunca passou cola na mão, não sabe como é
trocar de pele.
Que tal
reviver algumas sensações do tempo que está na memória?
A lista pode
continuar...Faça a sua também.
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