Jamais deixarei de prestar homenagens a minha mãe, indiferentemente da chegada da data especial que é dedicada a ela. Acho uma obviedade esperar o mês de maio para comemorar o momento, porque acredito que a minha progenitora, e todas as mães, merece festa do nascer ao pôr do sol rotineiramente. Contudo, como muitos, aproveito o segundo domingo instituído a esta celebração para estar ao lado da mulher da minha vida. Afinal, é uma oportunidade de agradecê-la com mais confete. E muita alegria.
Minha mãe é uma inspiração. Socorre-me nas dúvidas que tenho em matemática, nas datas que esqueço, nas lembranças de instantes que ficaram no passado. Ela é a fonte de informação mais fidedigna que possuo. Se preciso de algo até para escrever uma crônica, basta um telefonema e uma pergunta: “o que posso falar no jornal desta semana?” Não faltam histórias verídicas, anedotas, casos guardados nas gavetas do destino. Quase tudo que coloco no papel, surgiu das nossas conversas. Ela é boa de prosa. Tão interada que faz o minuto de uma conversa se transformar numa amizade de infância. É admirável como a minha Dalva tem a capacidade de chegar numa roda e puxar assunto tão espontaneamente sem usar frases clichês como: “o dia está quente, né!?” Como dizem em Bom Despacho: “essa mulher é cenosa demais”.
Tão engraçada, que não perde a amizade, a oportunidade e, muito menos, a piada. Melhor que qualquer humorista da televisão. Sua mais marcante característica, a do diálogo sem preconceito e sem medo, foi passada a mim e aos meus irmãos geneticamente. Nós quatro gostamos de falar, falar e falar. Até com as paredes. Nossa mãe nos deu este dom. E sei que ela o recebeu da nossa avó, que adora um bate-papo prolongado. Uma família que tem este cromossomo exclusivo, que ainda vai estar em muitas gerações.
Para festejar o Dia das Mães, faltaria espaço para descrever todo o sentimento que tenho pela mulher que me gerou. Não há jardim com flores suficientes para oferecê-la, nem músicas que consigam descrever a melodia de suas frases amorosas. Absolutamente, a joia mais brilhante teria o preço à altura do valor dela. Talvez nenhum perfume consiga ter a essência do cheiro que ela espalha por onde dança. Certamente, todas as mães são iguais, diria o ditado, porém aquela me deu a origem, é única. É meu porto seguro. O sorriso que busco nos sonhos. O abraço em que consigo aconchego. O carinho em que encontro as respostas difíceis. O sinônimo mais significativo do poder da gestação. Ela é o amor incondicional.
Ofereço todas as linhas que escrevi até este minuto a minha musa. Não há nada que faço que não seja por incentivo dela. E num gesto simples em meu coração a reverencio, lembrando-me de todas as outras mulheres que estão no meu caminho: avós, irmã, tias, primas, amigas, professoras e, sobretudo, as mães dos meus amigos e daqueles com quem convivo. E se você que me lê for mãe, sinta-se abraçada também. Minha gratidão por me tornarem um bom filho. Um forte abraço para desejar felicidade plena em qualquer estação da sua vida. 
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