domingo, 24 de março de 2013

ÀS MULHERES DA MINHA VIDA!

Em fevereiro comecei a escrever para uma coluna no jornal Fique Sabendo, de Bom Despacho. Terei a missão de, quinzenalmente, falar das histórias da minha cidade. O primeiro texto é uma homenagem ao Dia Internacional das Mulheres. E compartilho com você esta experiência de ser um colunista, oportunidade que agradeço ao amigo e jornalista Valmir Rogério Vieira.

Igreja Matriz de Nossa Senhora de Bom Despacho


Uma boa prosa começa com um olá, com sorriso no rosto, dizendo um aconchegante bom dia, boa tarde, boa noite. Em seguida, pergunto simples: como vai? Eu espero que você esteja bem, e feliz, já que pra mim, é um prazer escrever e compartilhar pensamentos contigo. E depois de iniciada a cordialidade da conversa, partimos para as formalidades da apresentação pessoal, pra gente se conhecer melhor. Sou Juliano, da Dalva – que era do Irmã Maria -, do Júlio Precisão – aquele do Bar da Esquina-, irmão da Natália e do Jubileu. Sou aquele que já foi o Menino da Igreja, do Roda Viva, do Encontro de Fazenda, da Conferência São Luiz Gonzaga, do handebol, do Chiquinha Soares, do Miguel Gontijo. Amigo do Padre Jaime. Que já morou no Arraial dos Lobos, na Pracinha do Santa Ângela, que não saía da Praça de Esportes, que sonhava em trabalhar na Rádio Veredas.

Sou muitos na Cidade Sorriso, em cada canto conhecido pelos apelidos e adjetivos dados pela família, pelos amigos, pelas rodinhas. Porém sou o mesmo menino que decidiu aos 9 anos de idade ser jornalista para contar histórias. Para falar verdades, defender ideais, viajar e desbravar culturas, que queria ser como os repórteres Glória Maria, Francisco José e Carlos Dornelles, em suas andanças pelo mundo. Atualmente, ando em Belo Horizonte, olhando para nosso Estado em busca de notícias do jeito que nós mineiros gostamos. Sou um contador de casos, trabalhando como Chefe de Redação da TV Alterosa e, também, como escritor, de livros, e de um blog na internet. Meus alunos da Faculdade INAP dizem que tenho um exemplo para cada acontecimento, uma história pra cada lição. O que eles dizem é real: as metáforas e os “causos” fazem parte do meu cotidiano.

Por isso, estarei aqui neste espaço para ser assim, um sujeito de prosa, um companheiro na hora do café, um bom-despachense amigo para trocar ideia, falar da nossa terra, da nossa gente, das coisas que gostamos e que nos dão orgulho. E eu me sinto orgulhoso de ser também conhecido como aquele cara de Bom Despacho, onde você é filho de professor ou de PM.

Apresentações feitas, e pra estender nosso papo, gostaria de prestar uma homenagem às mulheres. São tantas! Tantas que devem ser lembradas em 8 de março, na comemoração do Dia Internacional da Mulher: professoras, amigas, conhecidas, personalidades e profissionais de todas as áreas, as parentes, sobretudo, as tias e as primas, e as mães de todas as listadas aqui. Mas eu devo respeito e consideração a algumas mulheres guerreiras, matriarcas, que estão sempre à frente do tempo, educadoras, sábias, que estão no meu sangue, para que eu pudesse ser tudo o que sou ao fazer uma descrição no início da nossa conversa.

Sou grato à minha mãe pela energia da vida, por me ensinar valores, por me proporcionar a realização de sonhos, por ser a mulher mais engraçada e cativante, seja nos bailes do Clube, nos jogos de buraco, nas festas em família, nas viagens que fazemos juntos. E ela só é assim por causa da mãe que tem: Marieta Cardoso, uma avó fofa, amável, de um coração pulsante, que tem uma vitalidade admirável, uma serenidade nas palavras de conforto, uma sabedoria incrível, uma risada gostosa. E que tem uma qualidade ímpar e que passou pra mim: ela gosta de conversar, e muito. À minha irmã, cúmplice desde a infância, amiga de verdade, que me deu sobrinhos lindos, que é um touro meigo, que luta pelo que quer, e que constrói histórias exemplares de garra e ousadia. À memória da minha avó Maria, que fazia a melhor rosquinha de nata e que transformava um frango de granja no prato mais requintado da culinária mineira. Por sua firmeza nas atitudes, nas opiniões corretas e calculadas, uma mulher que tinha coragem para demonstrar afeto e doçura para fazer da adversidade um ensinamento. Nem oito, nem oitenta, apenas justa.

Sou elas: Dalva, Marieta, Natália, Maria. E sou também fruto de uma mulher poderosa: Nossa Senhora do Bom Despacho, que nos protege na fé, no amor, na esperança de um mundo melhor, para as mulheres e também para os homens de nossa encantada cidade. 

3 comentários:

  1. Lindo Jú. Parabéns! Que Deus continue abençoando sua vida, guiando seus passos e pensamentos, para que possamos sempre nos deleitar com belíssimas palavras.

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