Algumas histórias nos dão um sacolejo para que possamos mudar o comportamento. E o filme O Ritual provoca está sensação louca de querer acordar e ser alguém diferente. É um roteiro tenso. Forte para corações fracos. Intenso para quem tem fé em Deus e nas palavras confortantes da Bíblia. Talvez seja um sinal. Saí do cinema assustado, e ao mesmo tempo confortado, ao ouvir trechos do Salmo 90 recitados numa sessão de exorcismo. Este é o texto bíblico que mais gosto, mais leio, e tenho como oração. Esquecido em minha memória, confesso. Porém, sempre presente no pensamento. É a ele que recorro quando preciso de uma palavra.
O filme fala de fé, ou da falta dela. E quem é cético, pode nem gostar muito do enredo. Mas é angustiante ver o sofrimento de pessoas possuídas pelo demônio e pela dor que ele provoca quando incorpora, por exemplo, o íntimo de uma menina de 16 anos, grávida. Ela é uma personagem secundária, no entanto, importante para abalar os sentimentos do padre, quase ateu, e ainda conduzir os rumos do destino dele. Um suspense de arrepiar. Tomei alguns sustos...Com os gatos, com os olhares demoníacos... Gatos me dão medo. E os felinos que infestaram Roma – a cidade cenário desta trama – estão ali com seus bigodinhos e malícias.
Caso este gênero do cinema não agrade, vá assistir a sempre excelente interpretação de Anthony Hopkins. É um ator admirável em qualquer papel que faz. E a maquiagem, sutil, sem aqueles exageros dos filmes trashs nem daqueles de terror feitos somente para assustar. Só uma cena me incomodou e me perguntei: por que sempre chove no clímax do suspense? É clichê demais, contudo eu aceito porque sei que chuva dá um charme ao contexto. E ver Alice Braga, uma brasileira em filme hollywoodiano, dá orgulho. Boa atriz. Puxou a tia Sônia Braga.
O peito está apertado. Pensativo. Na cabeça milhões de análises e reflexões. Sem palavras. Só posso usar uma que aprendi vendo O Ritual: incognoscível. Em mim e no filme, existe algo assim: aquilo que não se pode conhecer. E acrescento: o que conhecemos mas questionamos. E Deus significa isso. E o diabo idem. Entretanto, a fé enobrece. Tento fazer com que a minha seja inabalável.
O peito está apertado. Pensativo. Na cabeça milhões de análises e reflexões. Sem palavras. Só posso usar uma que aprendi vendo O Ritual: incognoscível. Em mim e no filme, existe algo assim: aquilo que não se pode conhecer. E acrescento: o que conhecemos mas questionamos. E Deus significa isso. E o diabo idem. Entretanto, a fé enobrece. Tento fazer com que a minha seja inabalável.
Satisfação: 4 x ;-)
Onde ver: em cartaz a partir de sexta-feira, 11/2. Assisti a pré-estreia no Boulevard Shopping.
VOU ASSISTIR RITUAL!
ResponderExcluirFiquei curiosa pra ver. Curiosa também pra saber se existe alguém que realmente vive sem fé. Acho que até os céticos tem um pouquinho dela guardada num canto.
ResponderExcluir