quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Aquilo que não compreendemos, é assustador! Não é?



Algumas histórias nos dão um sacolejo para que possamos mudar o comportamento. E o filme O Ritual provoca está sensação louca de querer acordar e ser alguém diferente. É um roteiro tenso. Forte para corações fracos. Intenso para quem tem fé em Deus e nas palavras confortantes da Bíblia. Talvez seja um sinal. Saí do cinema assustado, e ao mesmo tempo confortado, ao ouvir trechos do Salmo 90 recitados numa sessão de exorcismo. Este é o texto bíblico que mais gosto, mais leio, e tenho como oração. Esquecido em minha memória, confesso. Porém, sempre presente no pensamento. É a ele que recorro quando preciso de uma palavra.

O filme fala de fé, ou da falta dela. E quem é cético, pode nem gostar muito do enredo. Mas é angustiante ver o sofrimento de pessoas possuídas pelo demônio e pela dor que ele provoca quando incorpora, por exemplo, o íntimo de uma menina de 16 anos, grávida. Ela é uma personagem secundária, no entanto, importante para abalar os sentimentos do padre, quase ateu, e ainda conduzir os rumos do destino dele. Um suspense de arrepiar. Tomei alguns sustos...Com os gatos, com os olhares demoníacos... Gatos me dão medo. E os felinos que infestaram Roma – a cidade cenário desta trama – estão ali com seus bigodinhos e malícias.

Caso este gênero do cinema não agrade, vá assistir a sempre excelente interpretação de Anthony Hopkins. É um ator admirável em qualquer papel que faz. E a maquiagem, sutil, sem aqueles exageros dos filmes trashs nem daqueles de terror feitos somente para assustar. Só uma cena me incomodou e me perguntei: por que sempre chove no clímax do suspense? É clichê demais, contudo eu aceito porque sei que chuva dá um charme ao contexto. E ver Alice Braga, uma brasileira em filme hollywoodiano, dá orgulho. Boa atriz. Puxou a tia Sônia Braga.

O peito está apertado. Pensativo. Na cabeça milhões de análises e reflexões. Sem palavras. Só posso usar uma que aprendi vendo O Ritual: incognoscível. Em mim e no filme, existe algo assim: aquilo que não se pode conhecer. E acrescento: o que conhecemos mas questionamos. E Deus significa isso. E o diabo idem. Entretanto, a fé enobrece. Tento fazer com que a minha seja inabalável. 

Satisfação: 4 x ;-) 

Onde ver: em cartaz a partir de sexta-feira, 11/2. Assisti a pré-estreia no Boulevard Shopping

2 comentários:

  1. Fiquei curiosa pra ver. Curiosa também pra saber se existe alguém que realmente vive sem fé. Acho que até os céticos tem um pouquinho dela guardada num canto.

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