quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Estou com saudades...


O sentimento mais nobre da existência humana.
Saudade do tempo parado. Das longas conversas, das noites frias na praça. Do Village, das festas no barracão, do Roda, das roças, da conversa jogada fora nas tardes de domingo. Dos encontros para rezar e dos outros para aprender a viver. De matar aula no Chiquinha Soares, no Miguelão. Das partidas emocionantes dos jogos escolares. Nossa torcida era melhor que os times, sem dúvida, mas éramos guerreiros tanto na arquibancada quanto na quadra. E era em todas as modalidades.

Jogos de baralho, poker, caixeta, galera de Bom Despacho, Lavras, pessoal do cursinho. Um amigo de Unaí. Vários do Sul de Minas. Tempos em que a responsabilidade era ficar Sempre Alerta! Rondas noturnas. Beijos nas barracas e no outro dia, a amizade continuava sem cobranças. Estávamos aprendendo a crescer. Macarrão e vinho na Catalão. Encontro na casa dos coleguinhas, para trabalhos escolares ou, simplesmente, para ter histórias de recordações. Brigas diárias no NP4. A Newton Paiva rendeu bons frutos. Grandes amigos. Onde estão? Sumiram. Foram buscar novos rumos, novos companheiros. Às vezes, voltam. Aparecem no mundo virtual.

No Canal 23, era de meia em meia hora, um estresse gostoso. Precisamos de mais notícias. Muitas informações. A equipe atrasou. O motoqueiro sumiu. Sem problemas, nossos encontros eram animados por boas piadas, risadas, brigas, fofocas, progressão social dos colegas. De qualquer maneira, tudo isso era muito gostoso.

As amizades são construídas assim. Com tesão, paixão, afirmação de ideias e ideais. Amigos. Turmas. Tribos. Minha geração está sem identidade. No entanto, a saudade de cada um que passou, que ficou, que está presente atualmente, dos que vão nos deixar. Dos que se foram para outras cidades, países. Daqueles que sempre tenho notícias. Pelo telefone, pelos encontros de jornalistas, pelos almoços, pelos convites de aniversário. Dos encontros casuais dos grupos que se formaram nestes anos. Lagoa Santa, Nova Lima, Rio de Janeiro, São Paulo, Itaú de Minas, São Sebastião, São Lourenço. Brasília. Campo Grande. Vitória. Brasil. Europa. EUA.

Momentos bons, inesquecíveis. Acampamentos de fins de semana. Feriados longos. Piscina. Fazendas. Happy hours. Festas. Praias. Encontros. Sou muito nostálgico. Eu sei. Gosto do presente, penso no futuro e pretendo deixar o passado nas lembranças. Mas hoje bateu uma saudade das minhas diversas turmas, dos meus amigos, dos inimigos, dos amores, dos que chegaram, dos que se foram, da minha família. De você.
Um forte abraço.

3 comentários:

  1. Saudade é um parasita. Se alimenta das boas lembranças. Mas é bicho fácil de matar. Um telefonema, um encontro, um passeio, um abraço, um beijo, um pedaço de queijo. Mata mata mata!

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  2. Nossa professor Juliano!
    Que idéia fantástica, gostei muito do seu blog.
    Parabéns.
    Os textos então, muitos bons e todos com um pouquinho de você né!
    Tudo de bom, fica com Deus.
    Ainda não sei se volto nesse semestre. A gente se comunica.
    Abraços,
    Patrícia Nascimento.

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  3. Heitor, meu amigo, grande. Muita saudade de você.
    Vou telefonar pra matar este parasita.
    Patrícia, obrigado pelo carinho. Fico feliz em você estar aqui. Espero que volte. Não desanime.

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