O pensador chinês Lao-Tsé, dentre muitas frases de impacto
atribuídas a ele, tem um ensinamento interessante para refletirmos sobre o Dia
do Professor, data marcante deste mês, desde a época do Imperador Dom Pedro I,
que outorgou em 15 de outubro de 1827 um decreto relativo ao ensino elementar
no Brasil. O filósofo mostra o quão importante é o papel dos mestres ao fazer
uma analogia: “Se deres um peixe a um homem faminto, vai alimentá-lo por um
dia. Se o ensinares a pescar, vai alimentá-lo toda a vida”. Assim aprendemos
que a arte de ensinar é uma dádiva divina. Prestígio reforçado por um
pensamento do escritor brasileiro Augusto Cury que enaltece a atividade ao
dizer que “o mundo pode não lhe aplaudir, mas o conhecimento mais lúcido da
ciência tem de reconhecer que você é o profissional mais importante da
sociedade”.
Para mim, o Dia do Professor é uma data muito especial.
Minha mestra, minha ídola, meu estímulo, minha MÃE, é professora e sempre me
ensinou as primeiras lições da vida. Ela, a Dalva, já saiu da sala de aula, mas
continua firme no propósito de ter sempre uma palavra sábia para mim, para os
meus irmãos e para aqueles que convivem com o bom-humor único dela. Professora
de Matemática e de Ciências, na Escola Estadual Irmã Maria, onde aposentou o
quadro negro e o giz, minha mãe me ensinou uma das grandes lições quando lhe
contei que eu também iria me dedicar à docência: “o egoísmo não acrescenta
nada. Esta maravilhosa profissão é uma escolha da entrega”.
Amo ser professor, estudar,
preparar aula. Trocar ideias com os alunos, estimular a busca incansável pelo
conhecimento. Cora Coralina, a poeta, tem uma frase que sintetiza o que penso
neste momento: “feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.
Ser professor é mais do que aquele sujeito que somente lê o que está nos
livros. É aquele que permite a intermediação de algo que muitos não enxergam,
ou que não estão prontos para ver. Ser professor é mágico. É tirar da cartola
detalhes que vão transformar os caminhos da vida de alguém. Do astronauta que
alcança os céus ao trabalhador mais humilde, ninguém se tornou alguém sem o
apoio de um mestre do ensino.
Com esta crônica homenageio vocês, meus
professores da época em que fui estudante em Bom Despacho, com a sinceridade do
meu coração, por terem me mostrado a beleza do conhecimento.
No Egídio Benício de Abreu, no
jardim de infância, tive a Conceição, minha tia de sangue, como a minha
primeira tia-professora. Depois dela, a Deulina e a Eliane. E a saudosa
Jaqueline, como estagiária. No Chiquinha Soares, da primeira à oitava,
Perpétua, Gislene, Geni, Nádia, Telma, Conceição, minha mãe na Educação Física,
Paulo, Maria do Carmo, Lilita, Vicência, Kimênia, Patrícia, Juracy, Neuza,
Vanise, Mércia, Regina, Maria das Graças, Dulcinéia, Angela, Maria, Marilene,
Cláudia, Eliane, Zica, Rosana. No segundo grau, no Miguel Gontijo, Mauri,
Ronaldo, Salma, Adriana, Clarete, Brica, Vane, Paré, Marcílio, Tchesco, Edson,
Célia, Pedro, Luíza, Chuvisco, Mauro, Mércia. E tantos outros que passaram por
minha vida escolar e que por força da memória não os citei aqui.
Aos meus mestres, com carinho,
agradeço o desprendimento, a troca, os conselhos, as críticas, os estímulos. O
saber. Aos livros, aos que escrevem, o obrigado. O tempo passou, mas ficou a
amizade e a certeza de um trabalho feito com amor por vocês. Palmas!
Bons tempos da escola lá em Bom Despacho! Fui aluno de vários mestres citados por você Jú!
ResponderExcluirObrigada! Emocionei-me. Bom saber que fui um grãozinho de estímulo ou de ensinamento para você. Sinto-me lisonjeada. Obrigada, Juliano Azevedo!
ResponderExcluirSó li agora, depois de um toque de sua mãe. rsrsrs
ResponderExcluirMas valeu a pena.
Você soube ser generoso com seus mestres. Nada como ser lembrado nominalmente.
Obrigada, Luciano!
* Queria ser sua aluna. rsrsrsrs