Tenho me afastado das letras, dos
toques nervosos dos dedos. Queria me dedicar à escrita diariamente. Tenho
milhões de textos para compartilhar com você que acompanha meu blog. Passo horas
olhando para o teclado, um tempo esperando as letras surgirem na página do Word.
E nada. Desisto nas primeiras linhas.
Neste momento, espero o sono. A
minha insônia, apesar de ser constante, não coopera para a produção textual. E
isso me deixa angustiado. Sinto falta de falar, conversar, escrever, trocar ideias,
conhecer palavras. Tudo que sinto, vejo, experimento, reflito, quero trocar
contigo. Passaria dias sentado aqui na cama, pensando e escrevendo. Mas sofro
do maior pecado capital: a preguiça. Ela me deixa deitado e só. Não sozinho,
mas só com vontade de fazer absolutamente nada.
Agora, vejo TV. Se for analisar,
nada de útil. Nem o jornal. Notícias para resumir o dia. Tenho achado as coisas
muito inúteis. Sem fundamento, utilidade. Como diria Padre Zezinho: se você
está achando tudo chato, quem sabe o chato não é você? Pensei sobre isso estes
dias. Sou relax, mas sou chato. Aliás, exigente. Acredito que seja o poder dos
cabelos brancos. Passamos a ser mais intolerantes àquilo que incomoda, mesmo
que sejam bobagens do cotidiano. E uma delas é o fato de ter que dormir. Ótimo
para o corpo, para a saúde, mas não para minhas aspirações. Será que existe
fobia para aquelas pessoas que não conseguem fazer tudo por falta de tempo?
Tenho este medo: medo de não dar tempo.
1001 lugares pra conhecer antes
de morrer; 1001 livros para ler antes de ir desta para outra dimensão; projetos
para desenvolver; aulas para ministrar; alunos para interagir; amigos para
comemorar o aniversário; dedicar-se à família. Fazer um clone ou saber dizer
não? Não sei fazer isso. Complicado não
é mesmo? É, eu sou complicado. Impaciente. Ansioso. E hoje estou com sono, sem
querer me entregar aos braços de Morfeu. Nada mais. Desabafando contigo.
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